Les Oreades Oil on canvas 1902 236 x 182 cm (92.91" x 71.65")
Palavras de Bouguereau:"A
teoria não tem lugar.... na educação básica do artista. São os olhos e as mãos que
devem ser exercitados durante os impressionáveis anos da juventude.... É sempre
possível mais tarde adquirir o conhecimento necessário para a produção de uma
obra de arte, mas nunca - e quero enfatizar este ponto - nunca a vontade, a
perseverança e a tenacidade de um homem maduro bastarão se a prática for
insuficiente. E pode haver angústia maior do que aquela sentida pelo artista
que vê a realização do seu sonho prejudicada por uma execução medíocre?"
Willian Adolphe Bouguereau (La Rochelle, 30 de novembro de 1825 - La Rochelle, 19 de agosto de 1905) foi um professor e pintor acadêmico francês. Com um talento manifesto desde a infância, recebeu treinamento artístico em uma das mais prestigiadas escolas de arte do seu tempo, a Escola de Belas Artes de Paris, onde veio a ser mais tarde professor muito requisitado, ensinando também a Academia Julian. Sua carreira floresceu no período áureo do academicismo, sistema de ensino do qual foi um ardente defensor e do qual foi um dos mais típicos representantes.
Para
apreciar plenamente a Arte de Bouguereau é preciso professar um
profundo respeito pela disciplina de desenho e a arte da tomada de
imagem tradicional; da mesma forma deve submeter-se ao mistério da ilusão como um dos poderes mais característicos e sublimes da pintura. Vasto repertório de imagens lúdicas e poéticas de Bouguereau não pode
deixar de apelar para aqueles que são fascinados com as aparências da
natureza e com a celebração do sentimento humano franca e descaradamente
expressa.
Mas
continuamos a entender, que de muitas maneiras o estilo de Bouguereau é único,
exatamente o que o artista tenta representar. Embora
Bouguereau foi classificado por muitos autores como um pintor realista,
devido à natureza fotográfica aparente de suas ilusões, de
outro modo tem pouco em comum com outros artistas pertencentes ao
movimento realista. À Bouguereau considera-se seus gostos eclético, e seu trabalho, de
fato apresenta características peculiares ao Neo-classicismo, romantismo
e Impressionismo, bem como ao realismo. Dentro
destas categorias, talvez o pintor seja melhor entendido como um Realista
Romântico, mas também seria bastante justificada, neste caso, na
elaboração de uma escola inteiramente nova de pintura e rotulando-o
primeiro, a quintessência Photo-idealista. A
designação é também em que, apesar de Bouguereau nunca ter trabalhado de fotógrafo, recolhia observações fotográficas em tempo real, observações da natureza com uma consciência
aguda das qualidades da luz inerente à imagem fotográfica. As raras exceções são alguns retratos,
geralmente de assuntos póstumos, que são facilmente identificáveis como
derivadas fotográfias que exibem um achatamento atípico e colocam Bouguereau
e seus colegas acadêmicos praticarando um método de pintura que tinha sido
desenvolvido e aperfeiçoado ao longo dos séculos, a fim de trazer à
vida cenas vívidas imaginadas de história, literatura e fantasia.
Em um dos lugares
mais secos da terra abandonados pelos humanos, há animais que nasceram para sobreviver e outros que sobrevivem apesar das probabilidades. Os Namíbies, libertados há
100 anos.
Namibia’s Horse é um trabalho em homenagem a estes cavalos que
sobreviveram no deserto da Namíbia, África.
Em 1908, próximo a Lüderitz no oeste africano, quando os
colonizadores encontraram minas de diamante cercaram a área, que denominaram
Sperrgebiet ( alemão , que significa "área proibida", também
conhecido como Área Diamond 1) favorecendo para o desenvolvimento das cidades que logo se tornariam a base para abrir o país. Devido a Primeira Guerra Mundial, os cavalos foram abandonados por várias fazendas e campos no
início do século 20. Sem a
presença e o auxílio das pessoas para o alimento tiveram que se adaptar a uma rotina de sobrevivência.
A
fonte de água abandonada construída pelos caçadores de fortunas para abastecer as fazendas, foi o
que manteve a tropa viva por muitos anos. Na planície desértica com relva
escassa os cavalos se distanciavam cada vez mais do poço para encontrar
relva, mas sempre eram obrigados a retornar para saciar a sede. Quando já não
havia mais alimento nas proximidades, saíam em um longa excursão pelo deserto a
procura de relva. Andavam juntos
seguindo o líder, o cavalo mais forte do grupo, o que também protegia os mais
frágeis das ameaças de outros animais, porém, os mais velhos com pouca resistência
caíam de fraqueza e desidratação e se
tornavam presas fáceis para as hienas. Eles nunca podiam se afastar mais de 40 Km da água.
Os cavalos têm sido objeto de vários
estudos populacionais, que deram um panorama significativo em sua dinâmica
populacional e capacidade de sobreviver em condições desérticas. Apesar de ser
considerada uma espécie exótica e rara, hoje eles são autorizados a permanecer
devido às suas ligações com a história do país e considerados como uma atração
turística.
A obra "Entre Montanhas" também utiliza a técnica Metaloplastia, criada em alumínio mede 30 x 27cm. E para completar, eis algumas palavras de um grande poeta, Fernando Pessoa:
Acredito que muitos já tenham visto esta imagem ou parte
dela, e sempre me questionei sobre quem seria o artista a produzir maravilhosa
obra que parece estar em movimento. Em vários canais de comunicação é possível
encontrar uma reportagem sobre a entrada da novela, mas fiz uma triagem e
separei aqui o melhor conteúdo.
A abertura de "Velho Chico" abusa das cores e formas para traduzir os sentimentos da história e a arte regional pelas mão de Samuel Casal e Mello Menezes. Gravado em Florianópolis SC no estúdio da Animaking, o trabalho realizado pelos artistas traduz o universo mitológico e simbólico que permeia o rio São Francisco numa narrativa puramente visual. E para dar rítmo às imagens, Caetano Veloso arremata o conjunto da obra cantando "Tropicália".
O painel principal, que mede 1,8m x 1m, levou cinco dias inteiros para ser realizado, mas a concepção da peça demorou mais tempo: começou com uma reunião com o diretor Luiz Fernando Carvalho e os autores Edmara Barbosa, Bruno Luperi e Alexandre Romano, diretor de arte da abertura e ganhou corpo ap´pos uma viagem à Bahia, onde a equipe acompanhou de perto as gravações da novela.
"Isso nos ajudou muito a compreender a real profundidade artística de trabalho. A produção de arte era tão impecável que até cheiros foram reproduzidos em cada ambiente para ajudar os atores a entrar na história. Voltamos com a certeza de que o processo artístico de uma obra real, desenvolvida de forma artesanal era o caminho certo para contar a história na abertura', explica Romano. Segundo ele, foi Carvalho quem apontou a arte dos muralistas sul-americanos, dos artistas do tropicalismo brasileiro, as platibandas coloridas das casas do sertão e as carrancas e artesanato do São Francisco como fontes de inspiração.
O Ritmo da Correnteza
Para casar as imagens com a canção escolhida para abrir Velho Chico, Tropicália, Romano e sua equipe tiveram um novo desafio. "Foi um presente e, ao mesmo tempo, uma grande responsabilidade para chegar em uma explosão convergente. A música é desconstruída, falando de tudo ao mesmo tempo com uma dinâmica não linear. Nela buscamos pequenas abstrações para representar sua força de forma visual combinada a força da história, juntando ainda as quebras de ritmo".
Confira o making of da novela:
"Mello é um artista super talentoso e experiente, que passeia fácil por diferentes estilos e tem uma expressividade incrível nas pinceladas. Procurávamos um artista que trabalhasse com entalhe em madeira ou alguma técnica parecida com a xilogravura para termos a dimensão física do volume e do regionalismo, mas não queríamos nada tão tradicional como o cordel. Encontramos o trabalho incrível do Samuel, que era diferente de tudo que já tínhamos visto".
Samuel Casal nasceu em 1974 e é ilustrador profissional
desde 1990. Ilustrador freelancer, quadrinhista e gravurista, também colabora
com publicações nacionais e internacionais. Começou no jornal de sua cidade,
Caxias do Sul (RS). De lá para cá, já publicou sua arte na Superinteressante,
Folha de São Paulo, Le Monde Diplomatique, Exame e Die-Gestalten, entre outras.
Publicou HQs na Argentina, França, Alemanha, Bolívia, Chile e Espanha.
Faturou oito prêmios HQMix de 2001 à 2007 e é coautor de um
pequeno clássico recente da HQ nacional: Prontuário 666: Os Anos de Cárcere de
Zé do Caixão (2008).
O desenho foi desenvolvido durante algumas semanas, e a
produção final durou cinco dias de trabalhos simultâneos em um galpão/estúdio
em Florianópolis: Mello traçou a base a lápis e começou a cobrir com cores e
formas simples, e Samuel dava forma aos desenhos. Por fim, Mello voltava e
pincelava detalhes.
O artista Mello Menezes, durante a produção do mural
"Para o processo da animação stop motion (quadro a
quadro), que usamos em algumas partes, Samuel precisava traçar e parar para
fotografarmos e isso atrapalhava muito a dinâmica do trabalho dele que é muito
intuitivo. A conclusão é que mesmo para os dois artistas experientes, todo
trabalho foi uma grande novidade", conta Romano.
A história seguia um roteiro, que contempla lendas da
região, como a índia Iati, cujas lágrimas após perder seu amor na guerra dão
origem ao São Francisco, além de símbolos, como a serpente (o mal e a cobiça do
homem pela natureza) e o cardume (o alimento e a vida vindos de suas águas).
"O cardume vai diminuindo, mostrando a realidade atual
do rio, onde nos peixes estão ficando escassos por conta da invasão das águas
do mar. Voltamos a ver a serpente e depois dela um homem e uma mulher,
separados pelo rio. Eles representam um amor proibido, dividido por famílias
que disputam o poder sobre a natureza, e mais a frente se enroscam no amor e
viram o rio de amor, com as cores da fauna e flora brasileira, que tomam conta
do rio. Em seguida, as embarcações e suas carrancas que espantam o mal, para
que os navegantes sigam seguros", explica.
Os arquétipos do homem e da mulher, responsáveis por tomar
conta da natureza, são banhados pela energia da vida, representada pelo sol.
Embalada por "Tropicália", na voz de Caetano Veloso, a abertura
ganhou uma reedição para criar relações entre som e imagem.
"Assim, como uma obra de arte numa galeria, nós
deixamos para o público diversas formas de interpretar a história, as
referências e seus significados", diz.
Ficha técnica da abertura
Direção de Criação: Sergio Valente, Mariana Sá
Criação: Alexandre Romano, Christiano Calvet, Roberto Stein,
Renan de Moraes.
Direção: Alexandre Romano
Direção de Arte: Alexandre Romano, Christiano Calvet
Artistas Plásticos: Mello Menezes e Samuel Casal
Edição: Alexandre Romano
Composição e animação digital: Renan de Moraes, Flavio Mac,
Gustavo Duval, Felipe Lobo, Wanderson Andre Santos, Alexandre Romano.